O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) enviou um ofício ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), pedindo autorização para exercer seu mandato a distância, diretamente dos Estados Unidos, onde reside atualmente. Desde março, Eduardo pediu licença de 122 dias do mandato, alegando perseguição política, e agora enfrenta o risco de perda do cargo devido ao acúmulo de faltas. No ofício, ele reafirma sua condição de vítima e destaca sua atuação na Comissão de Relações Exteriores, ressaltando a relevância da ‘diplomacia parlamentar’ em seu trabalho.
Além disso, o deputado é alvo de um pedido de cassação que já foi enviado à Comissão de Ética da Câmara. Recentemente, a Polícia Federal indiciou Eduardo e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por crimes relacionados à tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. O indiciamento de Eduardo está vinculado à sua colaboração com o governo dos Estados Unidos durante a administração de Donald Trump, visando retaliações contra o Brasil e seus ministros.
Para justificar seu pedido de trabalho remoto, Eduardo menciona que a Câmara autorizou a participação remota durante a pandemia de covid-19 e argumenta que sua situação atual é ainda mais grave. Ele critica o ministro do STF Alexandre de Moraes, afirmando que os parlamentares estão sob ‘terror e chantagem’. Eduardo se recusa a renunciar ao seu mandato e defende suas prerrogativas constitucionais, destacando a gravidade da crise institucional que enfrenta.