O cartunista Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, conhecido como Jaguar, faleceu no último domingo, 24 de agosto, no Rio de Janeiro, aos 93 anos. Ele foi um dos fundadores do famoso jornal O Pasquim, que se tornou um símbolo da resistência à ditadura militar brasileira (1964-1985) e destacou-se por suas charges e críticas incisivas ao regime. Nascido em 1932, Jaguar começou sua carreira na década de 1950 e rapidamente se tornou uma referência no humor gráfico nacional.
Durante sua trajetória, Jaguar criou personagens marcantes, como o ratinho Sig, e enfrentou diversas adversidades devido ao seu trabalho satírico. O Pasquim, fundado em 1969, foi um espaço onde ele atuou como editor e diretor, desafiando a censura e promovendo a liberdade de expressão. Apesar dos processos e da prisão que enfrentou por suas críticas ao governo militar, Jaguar continuou a contribuir para a imprensa brasileira até seus últimos dias.
A morte de Jaguar foi lamentada por muitos colegas e admiradores, que destacaram sua importância para o cartum e a cultura brasileira. Cartunistas contemporâneos expressaram sua gratidão pelo legado deixado por ele, ressaltando que sua obra continua a inspirar novas gerações. Jaguar estava internado no Hospital Copa D´Or para tratar complicações de saúde antes de falecer sob cuidados paliativos.