A Petrobras dá início neste domingo (24) à Avaliação Pré-operacional (APO) no bloco FZA-M-59, situado na Bacia da Foz do Amazonas, como parte do processo para obter a licença ambiental do Ibama para exploração de petróleo na Margem Equatorial. O exercício, que simula a resposta a possíveis derramamentos de óleo, deve durar entre três e quatro dias e contará com a participação de mais de 400 pessoas, incluindo veterinários e biólogos, além de uma infraestrutura composta por sonda, helicópteros e embarcações especializadas.
A Margem Equatorial é vista como uma nova fronteira para a exploração de petróleo e gás, especialmente após descobertas significativas na Guiana e Suriname. No Brasil, a Petrobras possui autorização apenas para perfuração na costa do Rio Grande do Norte. Apesar de ter solicitado reconsideração após o Ibama negar a licença em 2023, a estatal argumenta que a demora no processo gera um custo diário de R$ 4 milhões. A situação provoca divisões dentro do governo, com apoio da presidência e do Ministério de Minas e Energia à exploração.
Por outro lado, ambientalistas expressam preocupações sobre os potenciais impactos negativos nos ecossistemas sensíveis da região, ressaltando que a atividade contraria compromissos relacionados à transição energética. A Petrobras defende que a produção na Margem Equatorial é crucial para reduzir a dependência de importações de petróleo no futuro próximo, intensificando o debate sobre os limites entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental.