A Procuradoria Geral da República (PGR) analisou as evidências apresentadas pela Polícia Federal contra o pastor Silas Malafaia, apontando que ele teria realizado ações coordenadas para coagir autoridades brasileiras. Segundo os investigadores, essas ações incluem ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), configurando-se como práticas de milícias digitais. A PGR, sob a liderança de Paulo Gonet, considerou as provas ‘encorpadas’ e graves, referendando as medidas contra Malafaia.
Os documentos indicam que Malafaia atuou como ‘orientador e auxiliar’ em ações de coação e obstrução da Justiça, o que o coloca em uma posição delicada no cenário político. Se indiciado nos mesmos termos que Eduardo Bolsonaro e o ex-presidente, o pastor poderá enfrentar acusações que resultariam em penas superiores a 10 anos de prisão. A investigação destaca a seriedade das condutas atribuídas ao líder evangélico e suas implicações legais.
Este caso não apenas reflete a crescente tensão entre líderes religiosos e instituições judiciais no Brasil, mas também levanta questões sobre a influência de figuras religiosas na política. O desdobramento dessa investigação pode impactar significativamente a imagem pública de Malafaia e sua capacidade de mobilização entre seus seguidores, além de acirrar debates sobre liberdade de expressão e limites da atuação religiosa na esfera política.