A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na sexta-feira, 22 de agosto de 2025, aceitar a denúncia contra Glaudiston da Silva Cabral. Ele é acusado de chamar o ministro Alexandre de Moraes de “satanista” e “sacrificador de crianças” em vídeos publicados nas redes sociais. Quatro dos cinco integrantes da turma votaram a favor da denúncia, que inclui os crimes de associação criminosa e incitação ao crime.
O relator do caso, Alexandre de Moraes, argumentou que as declarações de Cabral incitaram a atuação das Forças Armadas contra os Poderes Constituídos e configuraram uma tentativa de golpe de Estado. Os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia acompanharam o voto do relator, enquanto Luiz Fux ainda não se manifestou sobre o caso. A Defensoria Pública da União (DPU) defende que as acusações são genéricas e questiona a competência do STF para julgar os fatos, uma vez que ocorreram após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
As implicações desse julgamento são significativas para o debate sobre liberdade de expressão e os limites da crítica a autoridades públicas no Brasil. A decisão pode estabelecer precedentes sobre como o STF lida com casos que envolvem discursos considerados ofensivos ou incitadores de violência. O desdobramento deste caso poderá influenciar futuras ações judiciais relacionadas à liberdade de expressão e à segurança pública no país.