Israel convocou 60 mil reservistas adicionais para uma ofensiva na Cidade de Gaza, conforme anunciado pelo ministro da Defesa, Israel Katz, nesta quarta-feira, 20 de agosto. A medida ocorre em meio a novas negociações por um cessar-fogo, após o Hamas ter aceitado uma proposta de trégua. O plano militar visa capturar a cidade, onde as tropas israelenses já avançaram até os subúrbios, e é parte de uma estratégia mais ampla para desmantelar a infraestrutura do Hamas.
A operação gera preocupações entre observadores internacionais, que alertam para o agravamento da crise humanitária em Gaza, onde vivem cerca de 2 milhões de palestinos. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu enfrenta pressão crescente para encerrar a guerra, enquanto a Alemanha e o presidente francês Emmanuel Macron criticam a escalada militar, temendo que isso leve a uma ‘guerra permanente’. A decisão também provoca controvérsia interna, com familiares de reféns expressando temor pela segurança de seus entes queridos.
Além disso, a situação se complica com novos ataques palestinos contra forças israelenses em Khan Younis, resultando em mortes e feridos. Analistas sugerem que a prolongação da ofensiva pode ser uma estratégia para pressionar o Hamas em futuras negociações. A proposta de cessar-fogo em discussão prevê uma trégua de 60 dias e a libertação de reféns, mas Israel ainda não se manifestou oficialmente sobre a aceitação.