O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi colocado em prisão domiciliar integral por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (4). A medida foi tomada após a participação do deputado federal Nikolas Ferreira (PL) em uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo (3), onde Bolsonaro foi mencionado de forma a desrespeitar as restrições judiciais impostas ao ex-presidente.
Na decisão, Moraes destacou que Nikolas Ferreira realizou uma chamada de vídeo com Bolsonaro, exibindo sua imagem para os manifestantes enquanto criticava o STF. O deputado afirmou que “o STF não está acima do Brasil” e insinuou que, apesar das proibições, Bolsonaro poderia ser visto, mas não se manifestar diretamente.
O ministro considerou que a ação de Nikolas Ferreira foi uma tentativa de burlar as determinações judiciais que proíbem Bolsonaro de utilizar redes sociais ou se comunicar por meio de terceiros. Moraes também mencionou outras ocorrências que evidenciam a continuidade das ações ilícitas do ex-presidente, incluindo o uso de redes sociais por familiares e aliados para disseminar mensagens ofensivas ao STF.
Além da prisão domiciliar, a decisão de Moraes impõe restrições adicionais a Bolsonaro, como a proibição de contato com parlamentares e investigados no mesmo processo, e autoriza a busca e apreensão de aparelhos eletrônicos em sua posse. O ex-presidente permanece sob vigilância judicial, enquanto as investigações sobre suas ações continuam em andamento.