Na última sexta-feira, 1º de setembro, Donald Trump anunciou a demissão de Erika McEntarfer, chefe do Bureau of Labor Statistics (BLS), após a divulgação de dados que indicaram uma desaceleração nas contratações nos Estados Unidos. A decisão foi motivada por insatisfações de Trump com os números apresentados, que mostraram revisões para baixo nas contratações de maio e junho. Em sua rede social, Trump alegou que McEntarfer, indicada por Joe Biden, manipulou os dados e prometeu substituí-la por alguém mais competente.
Erika McEntarfer ocupava a liderança do BLS há um ano e meio, tendo sido confirmada pelo Senado em janeiro de 2023 com uma votação expressiva de 86 a 8. Com um sólido histórico em economia, incluindo passagens pelo Departamento do Tesouro e pelo Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, sua demissão gerou reações negativas entre ex-colegas e especialistas da área. Muitos destacaram sua reputação de imparcialidade e rigor na análise dos dados estatísticos.
William Beach, ex-líder do BLS, criticou a demissão como “sem fundamento” e um precedente perigoso para a integridade da agência. Outros economistas, como Sarah J. Glynn e Heather Boushey, também defenderam McEntarfer, ressaltando sua dedicação à precisão dos dados e sua apolítica abordagem profissional. A demissão levanta preocupações sobre a influência política nas estatísticas econômicas do país.