O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu a chefe do Departamento de Estatísticas do Trabalho, Erika McEntarfer, em meio a críticas sobre a qualidade dos dados econômicos do país. A decisão foi anunciada no último domingo (3) e gerou reações de assessores econômicos da Casa Branca, que defendem a medida como necessária para garantir a integridade das informações.
O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, e Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, afirmaram que Trump tinha 'preocupações reais' sobre os dados, especialmente após a divulgação de um relatório que indicou uma criação de vagas de trabalho abaixo do esperado. A revisão dos dados anteriores, que resultou em uma diminuição de 258 mil postos, foi citada como um fator que justificou a demissão.
Críticos, incluindo ex-líderes do Departamento de Trabalho, questionaram a decisão, alegando que ela pode minar a confiança em uma agência estatística respeitada. O ex-comissário do BLS, William Beach, defendeu a integridade dos números, enfatizando que as revisões são uma prática comum e necessária. A demissão ocorre em um contexto de turbulência econômica, com Trump também implementando novas tarifas sobre importações de diversos países, o que afetou os mercados financeiros.
A situação levanta preocupações sobre a transparência e a credibilidade dos dados econômicos nos Estados Unidos, com legisladores de ambos os partidos pedindo investigações sobre a remoção de McEntarfer. A decisão de Trump, segundo críticos, reflete uma tentativa de desviar a atenção de resultados econômicos desfavoráveis.