O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou, neste domingo, 3, de atos em apoio ao seu governo em Copacabana, Rio de Janeiro, e na Avenida Paulista, em São Paulo, através de uma ligação telefônica. Durante as manifestações, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi um dos principais alvos de críticas. Embora Bolsonaro esteja sob restrições que o impedem de se manifestar publicamente, não há proibição para discursos por meio de terceiros.
Um vídeo da saudação de Bolsonaro aos manifestantes foi publicado no perfil do senador Flávio Bolsonaro, o que gerou discussões sobre uma possível violação das medidas cautelares impostas pelo STF. Segundo despacho de Moraes, a utilização de subterfúgios para contornar as restrições não será tolerada. O advogado Matheus Falivene, especialista em Direito Penal, alertou que a situação pode levar a um novo pedido de prisão do ex-presidente, uma vez que a comunicação foi feita por um familiar.
Na manifestação em São Paulo, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) exibiu uma videochamada com Bolsonaro, afirmando que, embora ele não pudesse falar, poderia ser visto. Especialistas em Direito, como Davi Tangerino, destacaram que a publicação do vídeo representa uma clara quebra das condições impostas pelo STF, mesmo que a mensagem de Bolsonaro tenha sido uma simples saudação aos apoiadores. A situação levanta questões sobre a eficácia das medidas cautelares e possíveis consequências legais para o ex-presidente.