O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos impôs sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sob a acusação de promover uma "caça às bruxas ilegal" contra cidadãos e empresas tanto dos EUA quanto do Brasil. A medida foi anunciada pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, que destacou práticas de censura, detenções arbitrárias e processos politizados, incluindo ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Bessent afirmou que Moraes assumiu o papel de juiz e júri, violando direitos humanos e a liberdade de expressão. A sanção foi aplicada com base na Lei Magnitsky, que permite a imposição de sanções econômicas a indivíduos acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos. As sanções podem resultar no bloqueio de bens e na proibição de entrada nos Estados Unidos.
O Tesouro dos EUA também ressaltou que Moraes tem exercido grande autoridade em investigações, reprimindo discursos protegidos pela Constituição americana e promovendo longas detenções preventivas sem acusações formais. Além disso, ele é acusado de perseguir políticos de oposição, jornalistas e plataformas digitais, ordenando bloqueios de contas e congelamento de bens.
Com a sanção, todos os bens e interesses de Moraes sob jurisdição americana ficam bloqueados e devem ser reportados à Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC). A ação representa uma clara intenção do governo americano de responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de seus cidadãos.