Os Estados Unidos sancionaram o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky, conforme anunciado pelo secretário de Estado, Marco Rubio, em uma mensagem na rede social X. A decisão, que bloqueia bens e transações de Moraes nos EUA, foi justificada por supostas graves violações de direitos humanos e uma campanha de censura direcionada a cidadãos e empresas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro norte-americano confirmou que todos os ativos de Moraes nos EUA estão congelados. Além disso, o ministro não poderá realizar transações financeiras com cidadãos ou empresas americanas. Rubio enfatizou que a ação serve como um aviso a aqueles que desrespeitam os direitos fundamentais, afirmando que as vestes judiciais não garantem proteção contra a responsabilização.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, criticou Moraes por sua atuação em processos judiciais que, segundo ele, têm motivações políticas, destacando a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que se tornou réu em um processo por tentativa de golpe de Estado. A aplicação da Lei Magnitsky, que permite sanções a cidadãos estrangeiros por graves violações de direitos humanos, é vista por alguns funcionários do Itamaraty como uma escalada nas tensões entre Brasil e EUA, refletindo a pressão do governo americano por impunidade total para Bolsonaro.