O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (28) uma recompensa de até US$ 25 milhões, equivalente a cerca de R$ 140 milhões, por informações que possam levar à prisão ou condenação do presidente venezuelano Nicolás Maduro. A medida intensifica a pressão americana sobre o regime chavista em um contexto de crescente tensão geopolítica na América Latina.
O anúncio foi realizado pela DEA (Drug Enforcement Administration) através de suas redes sociais, onde foi divulgado um cartaz de procurado. Maduro é acusado de conspirar com o narcoterrorismo, importar cocaína e colaborar com organizações criminosas internacionais, utilizando armas pesadas para apoiar o tráfico de drogas.
Além de Maduro, os ministros Diosdado Cabello Rondón e Vladimir Padrino López também foram incluídos na lista de procurados. As autoridades americanas afirmam que Maduro faz parte do "Cartel de Los Soles", uma rede de tráfico que teria ligações com o Exército venezuelano e com organizações criminosas como o Cartel de Sinaloa e o Tren de Aragua.
As acusações contra Maduro foram formalizadas em março de 2020 por uma corte federal de Nova York, que o descreveu como líder de um esquema de envio de grandes quantidades de cocaína aos Estados Unidos. O governo venezuelano, por sua vez, rejeita as acusações, alegando que são parte de uma ofensiva política de Washington para desestabilizar o país sob o pretexto de combate ao narcotráfico.