O ex-governador de Goiás e atual presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, tem se mobilizado para obstruir projetos que afetam diretamente a população goiana. O mais recente episódio envolve a paralisação da construção do novo Cavalhódromo de Pirenópolis, que visa substituir a antiga estrutura por uma arena moderna e multiuso, destinada à valorização cultural e ao turismo na região. A obra encontra-se suspensa devido a um parecer do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que impõe restrições de altura e ocupação, baseadas em uma portaria de 1995.
O projeto, desenvolvido pela Secretaria de Cultura e pela Secretaria de Estado da Infraestrutura, já teve a demolição da antiga estrutura concluída. Contudo, sem a autorização do Iphan, a Prefeitura de Pirenópolis não pode emitir o alvará de construção, o que impede a licitação e o início das obras. A revisão da portaria federal que impede a construção está prevista apenas para 2026, o que pode atrasar o projeto por anos.
As ações de Perillo contra a atual administração não são inéditas. Em 2023, ele tentou anular um Termo de Colaboração entre o Governo de Goiás e a Fundação Pio XII, responsável por um hospital oncológico em funcionamento. Além disso, em julho de 2022, ele acionou o Ministério Público Federal para bloquear um repasse de R$ 14 milhões para o Hospital de Palmeiras de Goiás. Essas manobras são vistas como tentativas de manter sua relevância política, em meio a um desgaste após derrotas consecutivas nas eleições para o Senado.
Sob sua liderança, o PSDB enfrenta uma de suas maiores crises, com a perda de importantes lideranças e espaço político. Figuras como o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, deixaram a legenda, criticando a gestão centralizadora de Perillo. A situação levanta questionamentos sobre o futuro do partido e suas estratégias políticas em Goiás.