O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta segunda-feira (28) que a comunidade internacional deve aplicar com rigor a lei internacional diante de alegações de genocídio na Faixa de Gaza. Durante uma mesa redonda na sede da ONU, Vieira destacou que a situação dos palestinos representa um teste ao compromisso global com os direitos humanos e o direito humanitário.
O chanceler brasileiro, que copresidiu um debate sobre o respeito ao direito internacional, enfatizou que invocar a lei não é suficiente, sendo necessário agir de forma decisiva. Ele também mencionou que o Brasil decidiu formalmente ingressar no processo contra Israel por genocídio, iniciado pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça, embora a decisão ainda não tenha sido oficialmente formalizada.
A declaração de Vieira ocorre em um contexto de críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por sua postura em relação ao conflito israelense-palestino, especialmente após comparações entre as ações israelenses e o nazismo. A tensão resultou na retirada do embaixador brasileiro em Israel, sem previsão de substituição. O encontro na ONU, presidido pela Arábia Saudita, gerou mais de 90 propostas de ações que os Estados podem adotar para garantir o cumprimento do direito internacional e a proteção dos direitos do povo palestino.