A Prefeitura de Goiânia anunciou, nesta segunda-feira (28/7), a rescisão dos convênios com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) para a gestão das maternidades Dona Íris, Célia Câmara e Nascer Cidadão. A decisão visa garantir a qualidade da assistência às usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) nas três unidades e marca o início do processo de transição para a gestão por organizações sociais, que deve ser concluído em até 30 dias.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a recomendação para a rescisão foi baseada em um estudo técnico que identificou falhas estruturais no modelo de gestão atual, resultando em impactos negativos na regularidade dos serviços e na relação custo-benefício. O assessor técnico da SMS, Frank Cardoso, destacou que a Fundahc não cumpriu as metas assistenciais estabelecidas, como a meta de internações obstétricas, que não foi atingida em nenhum dos meses analisados entre julho de 2024 e março de 2025.
Além disso, a análise revelou que a Fundahc não conseguiu realizar o número de exames e procedimentos contratados, como ultrassonografias e mamografias, e a taxa de ocupação de leitos cirúrgicos ficou abaixo do esperado. A SMS também informou que, desde 2021, o Hospital e Maternidade Dona Íris não cumpre as metas de atendimentos ambulatoriais, com meses em que menos de 200 consultas foram realizadas.
A SMS repassou mais de R$ 116 milhões à Fundahc em 2025, mas mesmo com os pagamentos em dia, houve paralisações constantes nos serviços. Para garantir a continuidade do atendimento, a secretaria fará a contratação emergencial de três organizações sociais até que o processo de chamamento público para a gestão definitiva das maternidades seja concluído.
