O whey protein, popular entre praticantes de atividades físicas, é classificado como um alimento ultraprocessado, segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira. Essa categoria inclui produtos que passam por processos industriais complexos, resultando em formulações que podem conter ingredientes artificiais e aditivos. Apesar dessa classificação, especialistas em nutrição destacam que o whey possui benefícios nutricionais que o diferenciam de outros ultraprocessados, como biscoitos e refrigerantes.
A nutricionista Michele Trindade, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva (ABNE), explica que, embora o whey protein tenha origem no soro do leite, seu processamento envolve etapas que alteram significativamente sua composição original. O produto é enriquecido com emulsificantes, flavorizantes e adoçantes, o que o torna mais palatável, mas também levanta questões sobre seu consumo.
Nutricionistas como Lívia Horácio ressaltam que, enquanto o whey protein é utilizado para atender a necessidades nutricionais específicas, outros ultraprocessados são frequentemente consumidos por prazer. O whey é uma fonte de proteína de alto valor biológico e baixo teor de carboidratos, enquanto biscoitos e salgadinhos são ricos em açúcares e gorduras, contribuindo para problemas de saúde como obesidade e diabetes. Assim, a comparação entre esses grupos de alimentos deve levar em conta seus propósitos e impactos na saúde.