A Conferência Internacional da ONU, realizada nesta terça-feira (29), exigiu o fim imediato da guerra na Faixa de Gaza e a retirada total das tropas israelenses do território palestino. O documento também condenou tanto o Hamas quanto Israel por crimes contra civis na região. Além disso, a ONU anunciou planos para uma missão internacional em Gaza após o término do conflito, visando abordar a grave crise humanitária que afeta a população local.
O Reino Unido, por meio do premiê Keir Starmer, indicou que reconhecerá o Estado Palestino em setembro, a menos que Israel atenda a uma série de condições consideradas improváveis. Entre as exigências estão a adoção de medidas para acabar com a crise humanitária em Gaza, a negociação de um cessar-fogo com o Hamas e o compromisso de não anexar a Cisjordânia. A França também se juntou a esse movimento, com o presidente Emmanuel Macron anunciando a intenção de reconhecer a Palestina durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.
Essas declarações ocorrem em meio a um aumento das críticas internacionais a Israel devido à situação de fome extrema em Gaza, exacerbada pela guerra que se intensificou após o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023. Desde então, mais de 60 mil palestinos, a maioria crianças e mulheres, perderam a vida, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, corroborados pela ONU. O reconhecimento da Palestina por países como Reino Unido e França reflete uma crescente pressão política sobre Israel para que busque uma solução pacífica e duradoura para o conflito.