O dólar fechou a sessão de quinta-feira, 17, cotado a R$ 5,5472, apresentando uma queda de 0,26%. Após iniciar o dia acima de R$ 5,60, a moeda americana se firmou em baixa nas últimas horas de negociação, acompanhando o fortalecimento do real em meio a um ambiente de liquidez reduzida. A alta do petróleo e a recuperação das bolsas de Nova York contribuíram para a valorização da moeda brasileira.
Analistas destacam que a falta de gatilhos para movimentos mais expressivos na taxa de câmbio tem mantido o dólar em níveis relativamente estáveis, após uma alta de mais de 2% desde o início do mês. A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de restabelecer o decreto que eleva as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não teve impacto significativo nos negócios, segundo operadores do mercado.
O economista-chefe do Integral Group, Daniel Miraglia, acredita que a atual taxa de câmbio reflete a expectativa de um possível recuo nas tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Ele também ressaltou que o apetite por carry trade tem ajudado a manter o real em níveis atuais. Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez declarações sobre a relação com os EUA, prometendo uma resposta a Trump no momento certo e anunciando a intenção de cobrar impostos de empresas digitais americanas.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas, operou em alta, refletindo um aumento de 0,20% ao final da tarde. As vendas no varejo nos EUA também mostraram um crescimento de 0,6% em junho, superando as expectativas, embora economistas alertem para uma possível desaceleração no consumo. As expectativas sobre cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve permanecem em alta, com chances majoritárias de um corte em setembro, segundo dados do CME Group.