Em resposta ao bloqueio da OpenAI em julho de 2022, que restringiu o acesso da China a sistemas avançados de inteligência artificial, desenvolvedores chineses rapidamente se adaptaram, optando por soluções de código aberto. Desde então, empresas como DeepSeek e Alibaba lançaram sistemas de IA open source que se destacam globalmente, refletindo uma mudança significativa na corrida por tecnologias que imitam o cérebro humano.
O governo chinês tem investido recursos substanciais na indústria de IA ao longo da última década, seguindo uma estratégia que já havia sido bem-sucedida em setores como veículos elétricos e energia solar. De acordo com Kyle Chan, pesquisador da RAND Corp., a China está aplicando apoio estatal em toda a cadeia de tecnologia de IA, abrangendo desde chips até data centers e energia.
Enquanto os Estados Unidos tentam conter o avanço tecnológico da China, restringindo a venda de chips da Nvidia, Pequim continua a expandir sua infraestrutura de IA com investimentos que já somam cerca de US$ 100 bilhões em semicondutores e US$ 8,5 bilhões em startups de IA. Essa abordagem tem permitido que empresas locais, como a ByteDance, acessem grandes volumes de dados, impulsionando o desenvolvimento de suas tecnologias de IA.
Entretanto, o modelo chinês enfrenta desafios, como a intensa competição entre startups por espaço no mercado, o que pode dificultar a rápida adaptação às mudanças tecnológicas. Apesar das dificuldades, a China está se posicionando cada vez mais como uma potência emergente em inteligência artificial, com um foco claro em inovação e desenvolvimento tecnológico.