O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) intensificou suas mobilizações para cobrar do governo federal avanços na reforma agrária. Durante encontro com o presidente Lula em março, no assentamento Campo do Meio (MG), líderes do movimento criticaram a lentidão nas ações prometidas, conforme relatou Márcio Santos, um de seus dirigentes.
O MST demanda a regularização de 120 mil famílias que vivem em acampamentos precários, apontando a discrepância entre os compromissos assumidos e a implementação efetiva de políticas públicas. Santos reforçou a necessidade de desapropriações de terras improdutivas e destinação prioritária a esses grupos, conforme previsto na Constituição.
Apesar do diálogo mantido com o Planalto, o movimento ameaça ampliar ocupações em latifúndios caso não haja respostas concretas até o segundo semestre. Especialistas alertam para o risco de conflitos agrários, enquanto o governo afirma trabalhar dentro dos limites orçamentários e jurídicos para atender às demandas.