Brasília consolida-se como um centro de negócios do futebol, impulsionado por incentivos milionários e articulações políticas envolvendo grandes clubes e eventos esportivos. A capital federal, que recebe jogos de alto custo, tem como um dos principais articuladores o ex-senador Luiz Estevão, cassado em 2000, cujas empresas movimentam cifras robustas por trás dos gramados.
A estratégia de compra de mandos de campo é o eixo da operação, com investidores desembolsando até R$ 2 milhões por partida para atrair clubes de renome. O portal Metrópoles, controlado por Estevão, atua como um dos agentes nesse mercado, intermediando negociações que incluem patrocínios e direitos de transmissão.
Além dos valores diretos envolvidos, o esquema inclui benefícios fiscais e parcerias com o governo local, que vê no esporte uma forma de aquecer a economia. Críticos apontam riscos de conflito de interesses e questionam a origem dos recursos, mas o modelo segue em expansão, com Brasília disputando espaço com tradicionais polos esportivos como Rio e São Paulo.