A endometriose, doença ginecológica comum em mulheres em idade reprodutiva, atinge cerca de 10% da população feminina global e mais de 6 milhões de brasileiras, muitas sem diagnóstico. A condição, caracterizada pelo crescimento de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, pode causar dor crônica e infertilidade, mas ainda é subdiagnosticada.
Segundo especialistas, a doença leva em média sete anos para ser identificada, devido à falta de conhecimento e à normalização dos sintomas, como cólicas intensas e desconforto durante relações sexuais. A demora no diagnóstico pode agravar o quadro, levando a complicações como aderências pélvicas e comprometimento de órgãos.
No Brasil, a endometriose é uma das principais causas de cirurgias ginecológicas e absenteísmo no trabalho. Campanhas de conscientização e a implementação de protocolos específicos no SUS são apontadas como medidas urgentes para reduzir o tempo de diagnóstico e melhorar o acesso ao tratamento, que inclui medicamentos e intervenções cirúrgicas.