O governo federal recuou da proposta de pagar o vale-refeição (VR) e vale-alimentação (VA) através do Pix, após análise do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A medida, inicialmente discutida pela equipe econômica para mitigar os efeitos da inflação alimentar, foi descartada devido ao risco de desvio da finalidade do benefício. A mudança ocorreu nesta semana, sem prazo definido para revisão.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), as taxas cobradas pelas operadoras de vale-refeição variam entre 3,5% e 8% do valor total. Agora, o foco do governo será negociar a redução desses custos, que impactam diretamente empregadores e beneficiários. A medida busca aliviar os custos operacionais sem alterar a forma tradicional de distribuição dos benefícios.
Especialistas apontam que a decisão reflete preocupação com a fiscalização do uso correto dos vales, já que o Pix poderia dificultar o controle. O MTE destacou que manterá o modelo atual, com cartões magnéticos ou virtuais, para garantir que os recursos sejam usados exclusivamente na compra de alimentos. A pasta não descarta, porém, futuras revisões caso haja avanços nos mecanismos de monitoramento.