Warren Buffett, aos 94 anos, anunciou sua saída do cargo de CEO da Berkshire Hathaway ainda em 2024, deixando um legado contraditório em políticas ambientais. O bilionário, que comandou o conglomerado por décadas a partir de Omaha (EUA), é reconhecido tanto por investimentos em energias renováveis quanto por manter grandes participações em combustíveis fósseis.
Sob sua liderança, a Berkshire tornou-se uma das maiores investidoras em energia eólica e solar dos EUA, com Buffett declarando publicamente que as mudanças climáticas representam uma ameaça global. Contudo, a holding também mantém vultosos investimentos em petróleo, gás natural e carvão, setores que continuarão no portfólio da empresa após sua saída.
Analistas apontam que a dualidade reflete a filosofia de investimento pragmática de Buffett, priorizando retornos financeiros sobre alinhamento ideológico. A transição de liderança ocorre enquanto acionistas pressionam por maior transparência nos riscos climáticos dos investimentos da Berkshire, um debate que deve se intensificar com a sucessão.