Uma estatueta de arenito sem rosto, datada de 8 mil anos, foi descoberta na Caverna Damjili, no Azerbaijão, e pode revolucionar o entendimento sobre a transição cultural entre o Mesolítico e o Neolítico no Cáucaso do Sul. A obra, considerada uma das mais antigas do mundo, foi analisada em estudo publicado na revista Archaeological Research in Asia.
A peça, esculpida com traços de notável precisão, chamou a atenção dos arqueólogos pela sua complexidade e estado de conservação. Os pesquisadores acreditam que a estatueta pode representar uma divindade ou figura ritualística, oferecendo novas pistas sobre as práticas culturais da região durante o período pré-histórico.
A descoberta reforça a importância do Cáucaso como centro de desenvolvimento artístico e cultural na antiguidade. Os especialistas destacam que a ausência de rosto na estatueta pode indicar um simbolismo específico, ainda não totalmente decifrado, que pode levar a reinterpretações sobre a evolução da arte na região.