A professora de Relações Internacionais do IDP, Monique Sochaczewski, afirma que nem Israel nem o Irã têm interesse em prolongar o conflito no Oriente Médio iniciado com o bombardeio israelense a Teerã na semana passada. Embora Israel seja militarmente superior, o Irã possui experiência em guerras prolongadas, como o conflito com o Iraque nos anos 1980, que durou oito anos. A especialista destaca que ambos os países utilizam estratégias de guerra psicológica, incluindo campanhas de desinformação e ataques cibernéticos.
Sochaczewski ressalta que o Irã tem usado tecnologia, como inteligência artificial, para alarmar a população israelense, enquanto Israel busca enfraquecer o regime iraniano. Ela também menciona que a única figura capaz de interromper o conflito seria o presidente dos EUA, Donald Trump, mas pondera que suas ações são imprevisíveis. A professora avalia que um prolongamento da guerra seria prejudicial para ambos os lados e para a economia global, com impactos no preço do petróleo e na estabilidade regional.
A especialista ainda comenta que ambos os regimes utilizam estratégias para pressionar a população civil do adversário, visando desestabilizar os governos opostos. Para Israel, a perda de civis é mais impactante, enquanto o Irã enxerga as baixas como ‘mártires’. Sochaczewski conclui que, apesar da superioridade militar israelense, o conflito pode se arrastar, com consequências imprevisíveis para a região e o mundo.