Cerca de 3.500 veículos em Belo Horizonte estão com a transferência de propriedade pendente desde o início de maio devido a problemas nas vistorias, segundo a Associação dos Despachantes Documentalistas de Minas Gerais (Adedosc-MG). Os atrasos têm causado multas por vencimento de recibo, cancelamento de vendas e financiamentos, além de apreensões de veículos. A situação começou após o fechamento da Divisão de Registro de Veículos, que transferiu o serviço de vistoria para empresas credenciadas.
O governo afirma que a mudança foi feita para agilizar o processo, mas os prazos de 30 dias para transferência e vistoria não estão sendo cumpridos. Despachantes protocolam os processos nas Unidades de Atendimento Integrado (UAI) para tentar prorrogar os prazos. O presidente da Adedosc, Anderson Matheus, destacou os transtornos causados, como multas e cancelamentos de financiamentos.
Enquanto a Coordenadoria de Trânsito nega problemas e orienta proprietários a agendar novas vistorias, representantes das empresas credenciadas confirmaram, sob anonimato, que há falhas e relataram uma reunião na Cidade Administrativa para resolver a questão. Nesta segunda-feira (2), despachantes protestaram em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais exigindo soluções.