O Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou na segunda-feira (2.jun.2025) a oitiva das testemunhas do núcleo 1 da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022. O senador Rogério Marinho (PL-RN) foi o último a depor, arrolado como testemunha de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do general Walter Braga Netto, réus no processo junto com outras seis pessoas. Ao todo, foram ouvidas 52 testemunhas, com 28 desistências e dois depoimentos por escrito, todos realizados por videoconferência.
As testemunhas de defesa de Bolsonaro, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o senador Ciro Nogueira, descreveram o ex-presidente como abatido após a derrota eleitoral, mas sem intenção de romper a ordem democrática. Rogério Marinho afirmou que Bolsonaro estava preocupado com uma transição pacífica, enquanto Hamilton Mourão destacou que o ex-presidente não mencionou ações golpistas. Já os ex-comandantes das Forças Armadas, Carlos Baptista Júnior e Marco Antônio Freire Gomes, confirmaram que Bolsonaro apresentou um documento com planos de ruptura institucional.
Os próximos passos do processo incluem o interrogatório dos réus, marcado para 9 de junho, começando pelo delator Mauro Cid. O ex-vice-presidente Walter Braga Netto será ouvido por videoconferência, devido à sua prisão no Rio de Janeiro. A ordem dos depoimentos seguirá a lista alfabética, com Alexandre Ramagem sendo o primeiro a ser interrogado.