Diante das tensões com partidos de centro e direita, o governo Lula (PT) trabalha para garantir que União Brasil, PP, Republicanos, PSD e MDB mantenham neutralidade nas eleições de 2026, evitando apoio formal ao campo bolsonarista. Esses partidos, que controlam 11 ministérios, são essenciais para a governabilidade no Congresso, onde a esquerda é minoria. A estratégia inclui buscar apoio regional de lideranças, mesmo que algumas siglas formalmente se aliem a adversários.
A popularidade de Lula enfrenta desafios, com pesquisa Datafolha mostrando 40% de reprovação e apenas 28% de aprovação. Aliados do governo avaliam que, sem recuperação nas pesquisas, a neutralidade desses partidos já seria um resultado positivo. O plano é replicar a estratégia de 2022, quando partidos como PP e Republicanos não apoiaram formalmente o PT, mas alas internas trabalharam por Lula no segundo turno.
Enquanto algumas lideranças, como a ministra Simone Tebet (MDB) e o ministro Silvio Costa Filho (Republicanos), devem apoiar Lula, partidos como União Brasil e PP manifestam oposição em votações no Congresso. O centrão tem discutido a candidatura do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas a indefinição de Jair Bolsonaro sobre seu apoio ainda é um obstáculo. O governo busca diálogo com presidentes de partidos para alinhar estratégias visando 2026.