O primeiro debate entre os candidatos à presidência do PT, realizado nesta segunda-feira (2), evidenciou divergências sobre os rumos do partido e do governo atual. O favorito na disputa, apoiado pelo presidente, foi alvo de críticas de adversários que defendem uma guinada à esquerda na gestão. Entre os temas discutidos, destacaram-se as políticas econômicas, as alianças com o Centrão e a necessidade de maior mobilização popular para fortalecer o partido diante da próxima eleição presidencial, em 2026.
Os candidatos criticaram a condução da economia, incluindo os cortes de gastos e os juros elevados, apontados como fatores que impactam a popularidade do governo. Além disso, houve cobranças por uma maior presença do PT em regiões menos atendidas e um distanciamento percebido da juventude. A preocupação com o avanço da direita também foi um tema recorrente, com alertas sobre o risco de o partido perder relevância eleitoral se não revisar sua estratégia.
O debate mostrou um PT dividido entre correntes que defendem maior radicalização e outras que buscam equilíbrio institucional. Embora tenha havido poucos consensos, os candidatos concordaram que o partido precisa se reconectar com suas bases e repensar sua atuação para enfrentar os desafios políticos futuros. A eleição para a presidência do PT, marcada para 6 de julho, definirá não apenas a liderança partidária, mas também os rumos da campanha presidencial de 2026.