A inflação na zona do euro ficou abaixo da meta estabelecida pelo Banco Central Europeu (BCE) em maio, registrando 1,9% ante os 2,2% do mês anterior. O resultado, inferior às expectativas de 2%, foi impulsionado pela queda nos preços da energia e pela desaceleração nos custos dos serviços, segundo dados da Eurostat. A inflação subjacente, que exclui itens voláteis como combustíveis e alimentos, também recuou para 2,3%, refletindo menor pressão nos preços do setor de serviços.
A desaceleração inflacionária fortalece as apostas de que o BCE reduzirá os juros na próxima reunião, marcada para esta quinta-feira. Analistas destacam que fatores como o crescimento moderado dos salários, a valorização do euro e o fraco desempenho econômico reforçam a tendência de queda na inflação. Alguns economistas projetam que o índice pode permanecer abaixo da meta de 2% até 2026, aumentando a possibilidade de novos cortes nas taxas de juros ainda este ano.
No entanto, o cenário de longo prazo apresenta incertezas, com riscos de pressões inflacionárias devido a fatores externos, como tensões comerciais globais. Enquanto o mercado espera um corte iminente, há divergências sobre a continuidade da política de afrouxamento monetário. Investidores avaliam que o BCE pode interromper os cortes após reduzir a taxa para 2% em junho, com apenas mais uma diminuição prevista para 2024.