A Rússia tem reabilitado a imagem do líder soviético Joseph Stalin, especialmente desde a ascensão de Vladimir Putin ao poder. A inauguração de uma nova estátua em homenagem a Stalin no metrô de Moscou, em maio de 2025, é o mais recente passo nessa estratégia. O monumento, uma réplica de uma escultura removida nos anos 1960, retrata o ex-líder cercado por trabalhadores e crianças, simbolizando uma tentativa de reavivar sua figura como herói nacional.
A reabilitação de Stalin tem sido justificada por seu papel na Segunda Guerra Mundial, com autoridades russas destacando sua liderança contra a Alemanha nazista. Entrevistas com cidadãos em Moscou revelam opiniões divididas: alguns o veem como um líder necessário, enquanto outros reconhecem seu legado controverso. No entanto, aspectos como o pacto com a Alemanha nazista em 1939 e os expurgos que causaram milhões de mortes são frequentemente omitidos no discurso oficial.
Além de Stalin, o governo russo parece reviver a nostalgia pela União Soviética, com figuras próximas ao Kremlin questionando a legalidade de sua dissolução em 1991. Essa retórica tem sido usada para justificar ações recentes, como a invasão da Ucrânia, vista por alguns como uma tentativa de reafirmar influência sobre antigos territórios soviéticos. Embora a volta da URSS seja considerada improvável, a revisão histórica segue como uma ferramenta política para moldar a narrativa nacional.