A preferência pelo home office tem levado muitos profissionais a optarem por demissões voluntárias quando empresas exigem o retorno ao modelo presencial. Dados do Ministério do Trabalho apontam que dificuldades de mobilidade, como longos deslocamentos, e preocupações com segurança são os principais motivos. Pesquisas mostram que 21,7% dos demissionários citaram problemas de locomoção, enquanto outros destacaram a falta de flexibilidade e a necessidade de cuidar da família.
Além dos desafios logísticos, questões como assédio em transportes públicos, estresse e perda de qualidade de vida influenciam a decisão. Profissionais entrevistados relatam que o trabalho remoto permitiu maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional, além de oportunidades para se qualificar. Empresas que mantêm o teletrabalho, no entanto, destacam vantagens como produtividade e retenção de talentos, atraindo colaboradores de diferentes regiões.
Apesar disso, muitas organizações ainda resistem ao modelo remoto, citando preocupações com produtividade e integração entre equipes. Especialistas sugerem que o caminho pode estar no modelo híbrido, equilibrando necessidades das empresas e dos funcionários. Enquanto isso, a disputa entre presencial e remoto segue acirrada, refletindo uma mudança nas prioridades dos trabalhadores pós-pandemia.