Uma influenciadora digital de 29 anos compartilhou sua jornada de autoaceitação após ser diagnosticada com vitiligo universal ainda na infância. A condição, que causa a perda de pigmentação da pele, levou-a a questionar sua identidade racial durante a adolescência, já que não se via como branca, mas também não sabia como classificar sua etnia devido à doença. Ela ressaltou que o vitiligo não altera a ancestralidade ou identidade racial de uma pessoa, mesmo com a despigmentação da pele.
A influenciadora explicou que, após estudar as classificações raciais no Brasil, passou a se identificar como parda, reconhecendo suas raízes miscigenadas. Apesar das dúvidas iniciais, ela enfatizou que sua condição não a tornou “outra” etnia, mas sim uma pessoa parda com vitiligo. O debate sobre a identidade racial no país, segundo ela, é complexo devido às mudanças históricas na definição de categorias como “pardo” ao longo das décadas.
Atualmente, ela faz parte do movimento “skin positivity”, que celebra a diversidade da pele, incluindo manchas e cicatrizes. Com milhares de seguidores nas redes sociais, ela também organiza um evento chamado “Pele Plural”, que reúne pessoas com vitiligo e outras condições dermatológicas em um espaço de aceitação e orgulho. A terceira edição do encontro está marcada para junho deste ano em São Paulo.