Uma investigação da Corregedoria Geral do Município (CGM) de Sorocaba (SP) revelou diversas irregularidades fiscais na Associação de Pais e Mestres (APM) e no Fundo Rotativo Escolar (FRE) da Escola Municipal “Matheus Maylasky”. O relatório, divulgado em março, aponta mais de 200 inconsistências, como duplicidade de notas, recibos sem justificativa e compras de empresas com CNPJs irregulares. Entre os gastos questionáveis estão itens como calças de linho e sapatilhas, além de transferências bancárias suspeitas para contas de terceiros.
A denúncia partiu de uma mãe de aluno em outubro de 2024, que identificou falta de transparência na prestação de contas. A CGM constatou que os balancetes originais e revisados apresentavam divergências graves, gerando um déficit que precisará ser devolvido aos cofres da APM. Embora não haja confirmação de crime, o caso segue sob investigação do Ministério Público de São Paulo e da polícia local.
A diretora da escola foi afastada em novembro de 2024, e a vice-diretora assumiu interinamente. A prefeitura afirmou que os processos tramitam em sigilo e que apenas o resultado final será divulgado. A APM, em nota, defendeu a regularidade de suas ações e afirmou estar disposta a corrigir eventuais falhas. O caso levou a Secretaria de Educação a designar supervisores para acompanhar as atividades administrativas da instituição.