Um estudo recente do Instituto Trata Brasil coloca Juiz de Fora entre as dez cidades com os piores índices de saneamento básico do país, com apenas 10,33% do esgoto tratado em 2024. No entanto, a Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) afirma que o índice atualizado em maio de 2025 é de 49,5%, destacando avanços significativos nos últimos anos. O relatório também aponta que milhares de habitantes ainda não têm acesso à rede de esgoto, coleta de lixo ou vivem em áreas suscetíveis a inundações.
Moradores de bairros como o Industrial relatam problemas recorrentes, como alagamentos e descarte irregular de lixo em córregos, apesar de melhorias em obras de macrodrenagem. Um especialista em engenharia ambiental explica que a poluição hídrica está diretamente ligada ao despejo inadequado de esgoto, um problema histórico no Brasil devido ao alto custo e à baixa visibilidade dessas infraestruturas. A Cesama informa que projetos de despoluição estão em andamento, incluindo a expansão de interceptores e estações de tratamento.
A Cesama reforça que os dados do Instituto Trata Brasil podem estar desatualizados, já que se baseiam em informações do SNIS com defasagem de até dois anos. A companhia municipal destaca que os números são atualizados diariamente em seu site e que as obras em curso devem ampliar ainda mais a cobertura de tratamento de esgoto na cidade. Enquanto isso, especialistas ressaltam a importância do saneamento básico para a saúde pública e a preservação ambiental.