O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurodesenvolvimental que afeta entre 5% e 7% das crianças e 2% a 5% dos adultos em todo o mundo, impactando significativamente a vida acadêmica, profissional e social. Caracterizado por desatenção, hiperatividade e impulsividade, o TDAH pode persistir ao longo da vida, com sintomas variando conforme a idade e o indivíduo. O diagnóstico preciso é essencial para diferenciá-lo de outras condições e garantir intervenções adequadas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
O processo de diagnóstico é complexo e envolve uma abordagem multidimensional, incluindo avaliação clínica, relatos de familiares ou professores e a exclusão de outras condições médicas ou psicológicas. Ferramentas padronizadas, como escalas de avaliação e testes neuropsicológicos, auxiliam na identificação dos sintomas, mas não são suficientes por si só. É fundamental considerar o contexto sociocultural e o impacto funcional dos sintomas em diferentes ambientes, como casa e escola, para evitar diagnósticos equivocados.
O TDAH apresenta desafios específicos conforme a faixa etária: em crianças, os sintomas de hiperatividade são mais evidentes, enquanto em adultos, a desatenção pode predominar, muitas vezes mascarada por estratégias de adaptação. Comorbidades, como ansiedade e depressão, também complicam o diagnóstico em adultos. Um acompanhamento rigoroso e personalizado, baseado em diretrizes como o DSM-5-TR e a CID-11, é crucial para garantir tratamentos eficazes, como terapia comportamental ou medicamentosa, melhorando o bem-estar dos pacientes.