Uma parlamentar anunciou nesta terça-feira que deixará o Brasil para buscar tratamento médico e viver na Europa, onde possui cidadania. Ela também solicitou licença não remunerada de seu mandato na Câmara dos Deputados. A decisão ocorre dias após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão e perda do cargo por envolvimento em um ataque ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A condenação, unânime, foi baseada em investigações da Polícia Federal, que apontaram sua participação na invasão ao sistema do CNJ, incluindo a emissão de um mandado de prisão falso contra um ministro do STF. A parlamentar nega as acusações e afirma que o processo teve “inúmeras nulidades”. Ela ainda pode recorrer da decisão, mas, se mantida, a perda do mandato poderá ser decretada pelo próprio tribunal.
Além desse caso, a parlamentar responde a outro processo no STF por suposta perseguição com arma de fogo durante as eleições de 2022. Em entrevista, ela afirmou que pretende atuar politicamente na Europa, promovendo pautas conservadoras. Antes de viajar, arrecadou doações para cobrir multas judiciais e delegou a administração de suas redes sociais a um familiar. O STF e a Câmara não se pronunciaram sobre o caso até o fechamento desta reportagem.