Uma deputada federal condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão deixou o país na última semana, segundo apurações. A saída ocorreu pela fronteira com a Argentina, sem registro oficial da Polícia Federal devido à ausência de controle migratório no local. A parlamentar anunciou nesta terça-feira (3) que pedirá licença do mandato e se estabelecerá na Europa, sem revelar o país de destino.
A condenação da deputada está relacionada à invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Embora seu passaporte tenha sido apreendido em 2023, o documento foi devolvido posteriormente, permitindo sua saída do Brasil. Ministros do STF avaliam que a medida pode ser interpretada como fuga, o que pode levar à decretação de prisão preventiva e inclusão na lista da Interpol.
Além da pena de prisão, a deputada corre o risco de ter o mandato cassado e ficar inelegível por oito anos, com o período de inelegibilidade começando após o cumprimento da sentença. A execução da pena depende de trâmites judiciais, incluindo a análise de recursos ainda pendentes. Casos semelhantes no STF costumam ter a prisão decretada após a rejeição de embargos de declaração.