Uma parlamentar anunciou nesta terça-feira (3) que deixou o Brasil e solicitará licença do mandato. A decisão ocorre 20 dias após sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica. De acordo com a Justiça, a condenação inclui perda do mandato e multa por danos morais coletivos, além de envolver a inserção de documentos falsos no sistema do CNJ.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já solicitou a prisão da deputada após a confirmação de sua saída do país. Ela também responde a outras ações penais no STF e na Justiça Eleitoral, incluindo acusações de porte ilegal de arma, constrangimento ilegal e disseminação de notícias falsas. Parte desses processos corre sob sigilo, como os inquéritos sobre fake news e suposta articulação golpista pós-eleições de 2022.
Na esfera eleitoral, a parlamentar foi condenada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação durante a campanha de 2022. A decisão, que prevê cassação do mandato e inelegibilidade por oito anos, ainda aguarda julgamento de recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O caso continua em andamento, com desdobramentos jurídicos em múltiplas instâncias.