Uma parlamentar federal condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) deixou o Brasil no final de maio, dias após receber uma sentença de mais de 10 anos de prisão. De acordo com informações, a deputada cruzou a fronteira terrestre para a Argentina, sem registro oficial pela Polícia Federal, e seguiu para os Estados Unidos antes de anunciar planos de viajar para a Itália, país do qual possui cidadania. Ela também declarou que solicitará licença não remunerada do mandato.
A condenação, decidida por unanimidade pelo STF, envolve crimes como invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou a parlamentar de comandar a ação, que teria sido executada por um hacker já condenado no mesmo processo. O relator do caso determinou ainda a perda de mandato e inelegibilidade por oito anos, medidas que só serão efetivadas após o trânsito em julgado.
Após a saída da deputada do país, a PGR pediu ao STF a decretação de sua prisão preventiva. O Supremo ainda deve analisar o pedido, enquanto a Câmara dos Deputados aguarda a decisão para avaliar os próximos passos. A parlamentar permanece com seu passaporte válido, já que a condenação ainda pode ser alvo de recursos.