Um vereador da capital teve o mandato cassado e foi declarado inelegível por oito anos pela Justiça Eleitoral após compartilhar, durante a campanha eleitoral de 2024, um laudo médico falso atribuindo a um candidato adversário um suposto tratamento por uso de drogas. O conteúdo, divulgado nas redes sociais na véspera do primeiro turno, foi posteriormente confirmado como fraudulento por perícia técnica. O político não se manifestou sobre a decisão quando procurado pela reportagem.
O caso destacou a mudança de alinhamento do parlamentar durante as eleições, quando rompeu com a campanha do então prefeito e passou a atuar em sintonia com um influenciador digital que também concorria ao cargo. Eleito em 2020 e reeleito com expressiva votação em 2024, o vereador havia ganhado projeção nacional como figura ativa em movimentos conservadores e nas redes sociais, sendo inclusive cogitado para a presidência da Câmara Municipal antes do desgaste político.
Durante seus mandatos, o parlamentar foi conhecido por propor projetos polêmicos, incluindo a restrição de participação de menores em eventos relacionados à comunidade LGBTQIA+ e a proibição do uso de linguagem neutra em escolas. Antes da política, já havia chamado atenção por ações judiciais de repercussão, como um pedido de impeachment contra um ministro do STF. Sua trajetória foi marcada por embates ideológicos e uma atuação alinhada aos setores conservadores da legislatura municipal.