A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) estão instalando 480 câmeras em reservas e unidades de conservação para mapear a fauna silvestre. A Reserva Biológica de Araras, na região serrana, foi uma das primeiras a receber os equipamentos, que também serão distribuídos em municípios como Cachoeiras de Macacu, Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis. O objetivo é obter dados precisos sobre espécies em risco, como a onça-parda e o mico-leão-dourado, e aprimorar políticas de preservação.
O reforço no monitoramento permitirá entender melhor o comportamento dos animais e ampliar ações de conservação, especialmente na Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta. O secretário estadual destacou a importância da região serrana, que concentra unidades de conservação e abriga uma fauna diversa. Os dados coletados serão analisados por pesquisadores para atualizar a lista de espécies ameaçadas, cuja última edição é de 1998.
Todo o material será compilado em um livro, previsto para ser concluído em até dois anos, catalogando animais em risco de extinção. Uma empresa será contratada via edital público para organizar as informações, que incluem mais de 1.300 espécies de vertebrados já identificadas na Mata Atlântica. A iniciativa busca não apenas documentar a biodiversidade, mas também embasar medidas mais eficazes de proteção ambiental.