O presidente da Câmara dos Deputados solicitou à equipe econômica do governo federal a suspensão imediata do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre o risco sacado, operação utilizada pelo varejo para obter capital de giro. A medida, que entra em vigor no próximo domingo (1º de junho de 2025), foi criticada por impactar diretamente as empresas que dependem dessa modalidade para manter estoques e financiar suas atividades. A assessoria do parlamentar confirmou o pedido, destacando a preocupação com os efeitos econômicos da decisão.
Em reunião realizada na residência oficial da Câmara na última quarta-feira (28 de maio), líderes do Legislativo já haviam dado um prazo de 10 dias ao governo para revogar o aumento. Participaram do encontro o presidente do Senado e outros representantes, que alertaram sobre a possibilidade de o Congresso tomar medidas próprias caso a demanda não seja atendida. O prazo se encerra no início da semana de 9 de junho, quando os parlamentares poderão votar um projeto para anular a medida.
O risco sacado, também conhecido como forfait, permite que empresas antecipem recebíveis junto a bancos ou fundos, garantindo liquidez para operações cotidianas. A elevação do IOF sobre essa operação tem gerado preocupação no setor empresarial, que argumenta que o custo adicional pode afetar a competitividade e o fluxo de caixa. A pressão do Legislativo reflete a tensão entre as esferas de poder sobre políticas econômicas e seus impactos no mercado.