A população global de insetos está em colapso, com mais de 40% das espécies enfrentando risco de extinção, incluindo polinizadores essenciais como abelhas, borboletas e besouros. Um estudo realizado na Alemanha revelou que a combinação entre mudanças climáticas e o uso intensivo da terra pela agricultura e urbanização é a principal causa desse declínio. Pesquisadores alertam que o desaparecimento desses insetos representa uma grave ameaça à segurança alimentar, aos ecossistemas e à biodiversidade.
O estudo analisou 179 áreas em diferentes habitats, como florestas, pastagens e zonas urbanas, e descobriu que as abelhas em ambientes florestais são mais resilientes ao calor diurno, enquanto as populações urbanas caíram 65%. Temperaturas noturnas mais altas, no entanto, prejudicaram todas as espécies, afetando seu metabolismo e reduzindo sua capacidade de recuperação. A pesquisa sugere que noites quentes mantêm os insetos metabolicamente ativos quando deveriam descansar, esgotando suas reservas de energia e dificultando atividades vitais, como a polinização.
Para mitigar os impactos, os cientistas recomendam a preservação de habitats naturais intercalados com áreas agrícolas, criando corredores ecológicos que permitam a movimentação segura dos insetos. A interação complexa entre clima e uso da terra exige estratégias integradas de conservação, já que mesmo pequenas alterações podem amplificar os danos aos ecossistemas. A proteção desses polinizadores é crucial não apenas para a biodiversidade, mas também para a produção de alimentos e a sustentabilidade do planeta.