A sigla “GLS”, comum nos anos 1990 e 2000, marcava espaços comerciais onde gays, lésbicas e simpatizantes eram bem-vindos, mas tinha pouco peso político. Com o tempo, a necessidade de representar melhor a diversidade sexual e de gênero levou à adoção de termos mais inclusivos, como LGBTQIAPN+, que incorpora identidades antes marginalizadas. Ativistas destacam que a mudança não é apenas semântica, mas reflexo de lutas por visibilidade e direitos.
A evolução da sigla acompanhou a organização do movimento no Brasil, desde o Movimento Homossexual Brasileiro (MHB) na década de 1970 até a criação de grupos como o GRAB no Ceará e a ABGLT nos anos 1990. A primeira Conferência Nacional GLBT, em 2008, foi um marco ao reposicionar as letras e ampliar a discussão sobre inclusão. Hoje, o “+” simboliza a contínua expansão para abranger identidades ainda não nomeadas.
Especialistas explicam que a teoria queer, originada nos EUA nos anos 1980, influenciou a incorporação de letras como Q (queer), I (intersexo) e A (assexual), desafiando normas tradicionais de gênero e sexualidade. Para ativistas, a sigla em constante transformação é uma ferramenta política, garantindo que pautas diversas sejam levadas ao debate público. A falta de padronização, como o uso de “LGBTI+” ou “LGBTQIA+”, mostra que o movimento ainda se adapta às demandas de uma comunidade plural.