Diante dos casos de gripe aviária registrados no Brasil, produtores de frango e ovos estão intensificando os protocolos de biossegurança em suas propriedades. No Rio Grande do Sul, onde foi confirmado o primeiro caso em uma granja comercial, e em regiões como Bastos (SP), principal polo produtor de ovos do país, as medidas incluem restrições à circulação de pessoas e a instalação de telas para evitar contato entre as aves e outros animais. A higienização de veículos que acessam as granjas também tem sido priorizada para reduzir riscos de contaminação.
A região de Bastos, responsável por 15% da produção nacional de ovos, concentra 30 milhões de galinhas poedeiras, gerando 24 milhões de ovos por dia. O Sindicato Rural local orientou os produtores a adotarem práticas rigorosas, destacando a importância de proteger a cadeia produtiva, que envolve outras cidades como Iacri, Tupã e Quatá. O estado de São Paulo, por sua vez, responde por 30% da produção brasileira, reforçando o impacto econômico da doença.
As ações preventivas buscam evitar prejuízos ao setor, que movimenta volumes significativos — como 278 ovos produzidos por segundo na região de Bastos. Embora não haja registros de transmissão para humanos no país, a preocupação com a sanidade animal e a segurança alimentar mantém os produtores em alerta. Autoridades e entidades do agronegócio continuam monitorando a situação para conter possíveis novos focos da doença.