O IBGE projeta que a população do Distrito Federal atingirá seu pico em 2042, com aproximadamente 3,12 milhões de habitantes, seguido por um declínio devido à queda nas taxas de fecundidade. Especialistas alertam para os desafios de manter a funcionalidade da capital, especialmente diante da tensão entre a expansão urbana e a preservação do patrimônio modernista tombado. A historiadora Renata Almendra destaca que o plano original de Lúcio Costa não previu o crescimento desordenado das cidades satélites, exigindo um equilíbrio entre desenvolvimento e conservação.
Imagens criadas por inteligência artificial mostram uma Brasília futurista em 2159, onde a arquitetura modernista coexiste com inovações tecnológicas. O DF tem potencial para se tornar um centro global em ciência, tecnologia e sustentabilidade, com destaque para o agronegócio 4.0 e a adoção de ferramentas como IA e computação quântica. No entanto, questões como ilhas de calor, perda de áreas verdes e pressão hídrica ameaçam a qualidade de vida, especialmente com o aumento previsto de até 2,5°C na temperatura até 2062.
A mobilidade urbana e a renovação arquitetônica também são pontos críticos, com possíveis mudanças na infraestrutura, como túneis no Eixão, para atender novas demandas. Enquanto isso, a cidade enfrenta o dilema de modernizar-se sem descaracterizar seu patrimônio cultural. Com 21 doutores por 100 mil habitantes, o DF possui um ecossistema favorável à inovação, mas precisará superar desafios climáticos e urbanos para garantir sua relevância no futuro.