A trajetória de ativistas como Yone Lindgren, de 69 anos, ilustra a resistência e as conquistas da comunidade LGBTQIA+ ao longo das décadas. Desde a ditadura militar até a construção de direitos recentes, pessoas como ela enfrentaram violência e invisibilidade, tornando-se símbolos de luta. Em 2025, o envelhecimento dessa população foi tema central de iniciativas como a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo e exposições fotográficas, destacando a importância de políticas públicas e redes de apoio.
A solidão e o abandono são desafios frequentes para idosos LGBTQIA+, muitos afastados de famílias que não os aceitam. Projetos como o LGBT+60: Corpos que Resistem e o Traviarcas buscam dar visibilidade a essas histórias, mostrando a vitalidade e os desafios dessa fase. A coletividade surge como alternativa, com grupos que promovem encontros e discussões sobre saúde, sexualidade e pertencimento, reforçando a ideia de que envelhecer é uma conquista.
Especialistas e ativistas destacam a necessidade de fortalecer vínculos intergeracionais e garantir dignidade no envelhecimento. Bruna Benevides, da Antra, ressalta que travestis e pessoas trans idosas são “ancestrais do futuro”, sobreviventes de um sistema que historicamente as marginalizou. A luta por direitos e representatividade continua, com a certeza de que a visibilidade dessas histórias é essencial para inspirar as novas gerações.